ilustração: rebecca zisser / axios

1 grande assunto: as meninas estão com tudo

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as meninas estão com tudo. no últimos meses, grandes marcas tem injetado uma quantidade significativa de trumps (dólares) nas ligas femininas. Sinalizando que um aumento na exposição midiática pode realmente causar um “boom” nos negócios dos esportes femininos.

  • at&t – assinou um contrato de parceria com wnba, a liga de basquete feminina nos eua, tornando-se a primeira compania, que não seja de materiais esportivos, com seu logo estampado nas camisas de todos os times.
  • barclays – O banco britânico fez o maior investimento nos esportes femininos na grã-bretanha. Um contrato de três anos, no valor de 11 milhões de trumps (dólares), renomeando a principal liga de futebol feminino para Barclays FA Women’s Super League.
  • budweiser – a marca mais importante para a galera do tailgate, anunciou o primeiro patrocínio para o futebol feminino de sua história. Esse acordo foi fechado com a seleção inglesa.
  • nike – a marca de (ainda?) maior representatividade no mundo esportivo, está mudando todo o seu rumo para o esporte feminino, que agora eles consideram uma grande oportunidade.

o que está acontecendo

A antiga diretora da wnbpa, pam wheeler, conversou com o JohnWallStreet e disse acreditar que esse grande interesse está diretamente ligado a maior visibilidade que os esportes femininos tem nos últimos anos.

A proliferação dos serviços de streaming e o crescimento das mídias sociais permitiram, que as ligas alcançassem muitos mais fãs. A wnba por sua vez, aproveitou esse crescimento e acabou acertando um acordo de alguns anos com a CBS, para dobrar sua exposição.

panorama

Historicamente, as marcas ignoraram as ligas profissionais femininas, assim como os noticiários e programas de highlights na tv — dois meios que caminham lado a lado.

  • entre 2011 e 2013, apenas 0,4% de todo o patrocínio esportivo era investido em ligas femininas, segundo GumGum.
  • em 2014, um estudo descobriu que as emissoras de los angeles, dedicavam apenas 3,2% de seu tempo para os esportes femininos, seja com jogos, notícias ou qualquer outro assunto.

a realidade

Quando a wnba estreiou em 1996, a liga, no geral, não contava com fãs muito jovens. Nos dias de hoje: “minha filha de 12 anos, nunca viveu num mundo sem mulheres jogando basquete profissionalmente. Então essa transformação no público, acabou causando um maior apelo aos anunciantes.” disse Pam Wheeler.

Além disso, estrelas como Serena Williams mudaram o jogo completamente, como foi provado na final do U.S. Open de 2018. A final entre Naomi Osaka e Serena, atraiu 50% mais de espectadores do que a final masculina.

o resultado

Assim como Wheeler destacou, essa é a primeira vez na história dos esportes femininos profissionais, que acordos de patrocínio são feitos por “decisões econômicas, ao invés de questões emocionais”.

Parece que as marcas finalmente perceberam que existe um grande valor nas ligas femininas. Afinal, as mulheres controlam de 70% a 80%, o mercado de compras.

o que esperar

Agora é tempo das ligas assegurarem que todo o dinheiro que será injetado, chegue até as jogadoras de forma correta.

Esse texto foi traduzido da (excelente) newsletter da axios sports. Recomendamos aos tailgaters mais malucos por esportes, que assinem.

O tailgate zone também gostaria de reforçar dois pontos. Assim como dito ao final do texto, é muito importante que esses investimentos cheguem as principais “culpadas” pelo crescimento do esporte, as jogadoras.

Além disso, é importante que os marketings das ligas continuem seus trabalhos. Sempre buscando uma maior visibilidade, de forma que os investimentos não parem por aí.

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