Você sabe que é um louco por esportes assim que acorda e a primeira coisa que faz, antes mesmo de ver o WhatsApp, é ver os resultados dos jogos da noite anterior. Pois é, foi justamente nesse momento que também quase caí para trás. Até antes da madrugada de quinta para sexta, víamos um Milwaukee Bucks com oito vitórias e duas derrotas. Tudo bem, entre os times enfrentados pelos comandados de Mike Budenholzer, vemos muitos times que são uma incógnita e também times que estão se refazendo.
Além de tudo isso, ainda estamos bem no começo da temporada. Embora tenham ganhado três vezes de Timberwolves, uma do Raptors e tenham dominado o Pacers, nada foi comparado ao que ocorreu na madrugada de que estamos falando. Prosseguindo. O app da ESPN me mostrava que o Bucks tinha enfiado 134 pontos no Warriors e ganhou o jogo com folga de 23 pontos. Eu disse 23 pontos de folga, no mais novo Monstars. 23 pontos a mais que o único time na NBA que possui cinco, cinco All-Stars.
Juro querido amigo tailgater, eu quase caí pra trás e dona onça não entendeu nada. Você querido amigo torcedor do Warriors, provavelmente gostaria de me xingar agora ou já alfinetar. “Foram só três All-Stars, o Cousins ainda está fora e o Green nem jogou. Ah.. no meio do terceiro período o Curry também saiu com lesão”. Bom, primeiramente, não são só três All-Stars, são três All-Stars. Que time na NBA de hoje tem esse luxo? Não entenda isso como ódio, ou como raivinha dos Monstars, eu to é curtindo muito.
Uma vitória e tanto
Ver um super time, ainda mais um time que tem mudado a forma de jogar basquete, é histórico. Estou vivendo história, daqui uns anos eu vou olhar para meu filhos e dizer que vi o que Curry e companhia fizeram. Inclusive a quebra de recorde dos Bulls, de vitórias em uma temporada. Após isso, seja sincero, porque eu reclamaria disso? Minha exaltação é mais por ficar impressionado com o que o Bucks foi capaz de fazer e por ficar na expectativa dessa equipe ser real.
Enfim, voltando. Quanto ao segundo ponto, o Curry, o brinquedinho assassino saiu lesionado no terceiro período. Bem, não foi nesse momento que o Bucks passou a ganhar. O time da bela cidade de Milwaukee dominou de ponta a ponta o jogo, mesmo jogando fora de casa, com aquela torcida barulhenta e poderosa do Warriors. O Bucks literalmente passou o trator em cima do Warriors e Antetokounmpo, com o perdão do trocadilho, foi gigante.
O Greek Freak mostrou que deve ser considerado para o prêmio de MVP da liga, mas também contou com ótimas atuações de seus companheiros. Além de uma ótima atuação no ataque, onde Brogdon, Giannis e Bledsoe somaram 70 pontos, defensivamente o time foi muito bem. Kevin Durant foi reduzido a 17 pontos, abaixo de sua média na temporada (26,8) e Curry, nos dois quartos completos que teve, apenas anotou 10 pontos.
Um time especial
Ou seja, analisando o compacto do jogo, o que foi possível perceber é que o Bucks, parece um time mais atlético e que joga muito melhor no perímetro. Em minha humilde visão, o time está jogando o jogo que é a cara de seu mais novo treinador. Mike Budenholzer, parece realmente ter conseguido mudar o jogo dos Bucks e foi para algo melhor. E mesmo nessa enxurrada de elogios que faço ao Bucks, algo me atraiu negativamente para a equipe.
Enquanto acompanho o Pacers, vejo como o banco, que já era muito bom na temporada passada, melhorou e tem sido um fator muito importante nas vitórias nessa temporada. No jogo contra o Warriors, o Bucks contou apenas com boa atuação de seus cinco titulares. Pois vindo do banco, apenas Connaughton conseguiu anotar dois dígitos. Snell, Ilyasova e DiVincenzo, que tiveram mais tempo, somaram a mesma quantidade de pontos de Connaughton.
Enfim, mesmo com esse aspecto negativo, o time empolga muito. Esse Bucks parece ter algo de especial e merecem uma atenção a mais. E mesmo sendo muito cedo para afirmar qualquer coisa, parece ser um time para brigar pela primeira posição do leste. E sim, eles parecem muito reais.