Atenção, torcedoras e torcedores deste Brasil! Em poucos dias estaremos todos grudados em frente às telas da TV, computador e celular, acompanhando cada arremesso e rebatida que rolarem nos campos da Major League Baseball (MLB), a maior liga de beisebol do planeta!

E nada melhor do que começarmos com o pé direito a acompanhar a MLB! Por isso, o Tailgate Zone está fazendo um pente fino em todas as divisões da Liga, para entender em que pé estará a competição a partir do dia 30 de março. Até porque, em 2023, muita coisa muda na disputa do esporte, e, claro, sempre há gente nova chegando neste bonde.

Com vocês, senhoras e senhores, mais um texto sobre a temporada 2023 da MLB! Aliás, fiquem de olhos e ouvidos abertos, porque o podcast Entradas Extras, especializado em beisebol/béisbol/baseball, será o nosso canal de cobertura da MLB. Fiquem ligados!

AMERICAN LEAGUE CENTRAL

A divisão central da Liga Americana é casa das equipes Chicago White Sox (CWS), Cleveland Guardians (CLE), Detroit Tigers (DET), Kansas City Royals (KC) e Minnesota Twins (MIN), sendo uma das mais tradicionais do esporte.

Porém, a temporada 2022 foi pouco generosa para a divisão, que viu apenas o Guardians superar os adversários e conquistar o direito de disputar a pós-temporada. Mas se a equipe de Cleveland se garantiu na primeira rodada ao vencer o Tampa Bay Rays, na ALDS, entretanto, acabou ficando no caminho contra o forte time do New York Yankees. 

Para 2023, a disputa promete ser mais apertada do que foi ano passado, considerando os investimentos feitos principalmente pelo Minnesota Twins. Vale lembrar que o Guardians classificaram para os playoffs com 11 jogos de vantagem.

De qualquer forma, confira como cada equipe chega para essa temporada!

CHICAGO WHITE SOX

A franquia do lado sul de Chicago teve o que foi considerada uma das pré-temporadas mais simplórias: mais saídas do que chegadas, e nenhuma movimentação de peso. Para piorar, os buracos que atrapalharam a equipe em 2022 parecem continuar no caminho neste ano.

No entanto, a rotação conta com nomes sólidos. Mas (como em todas as equipes da MLB) depende de saúde para sobreviver. Dylan Cease (segundo colocado na votação para melhor arremessador da Liga Americana em 2022) puxa o grupo de arremessadores. Além dele, o time conta com Lucas Giolito. Lance Lynn, que disputou a Copa do Mundo pela seleção dos Estados Unidos, aporta experiência a essa rotação. Os Meias Brancas também contam com uma boa volta de lesão de Michael Kopech. Além disso, tem também a chegada do controverso Mike Clevinger – o arremessador passou o começo de 2023 sendo investigado por denúncias de agressão contra a própria filha e contra a mãe da criança.

O ATAQUE DOS WHITE SOX

O ataque terá a adição do veterano Elvis Andrus, que tem se adaptado na segunda base. Andrew Vaughn, provável titular na primeira base, se recupera de lesão que o afastou por parte da temporada 2022. O receptor Yasmani Grandal também espera uma temporada mais livre de lesões. Tim Anderson (interbases) e Yoan Moncada (terceira-base) retornam do World Baseball Classic como pilares das seleções dos Estados Unidos e Cuba, respectivamente. No campo externo, a adição de Andrew Benintendi deve trazer mais dinamismo ao ataque, que também conta com o jovem cubano Luis Robert. Mas a dúvida fica para a última vaga – é provável que Eloy Jiménez seja o titular da posição. Entretanto, o prospecto Oscar Colas tem chamado a atenção na briga por uma vaga no elenco.

Porém a falta de profundidade no chamado farm system (categorias de base) acende uma luz de alerta em Chicago. Embora o elenco seja jovem, falta força para brigar por uma vaga na pós-temporada e pelo título atualmente, e não deve se tornar mais fácil com o avanço dos anos.

CLEVELAND GUARDIANS

Na parte sul do lago Erie vivemos uma época de vacas engordando. A equipe beliscou uma final de Liga em 2022 e fez poucos ajustes para o elenco que vai disputar a temporada 2023 da MLB. Mas a grande adição é Josh Bell, que traz potência ao ataque bastante eficiente de Cleveland. Na rotação, e entre os arremessadores reservas, nenhuma grande mudança.

A equipe deve ser virtualmente a mesma que disputou a temporada passada, com os arremessadores Shane Bieber, Triston McKenzie, Cal Quantrill, Aaron Civale e Zach Plesac compondo a rotação titular. Emmanuel Clase é a certeza para encerrar os jogos. O receptor a orientar o grupo de arremessadores será Mike Zunino.

No campo interno, o técnico Terry Francona conta com um grupo bastante sólido composto por Bell (primeira-base), Andrés Giménez (segunda-base), Amed Rosario (interbases) e José Ramírez (terceira-base). Já no campo externo sobram algumas dúvidas. Mas o trio Myles Straw, Steven Kwan e Oscar Gonzalez deve ser o titular

Para o futuro, Cleveland está confortável – considerado o 4° melhor sistema de formação de atletas, são pelo menos 7 nomes entre os 100 melhores prospectos de toda a MLB. Tempos de colheita!

DETROIT TIGERS

Não há muito o que ser dito aqui. Sejamos sinceros, é bem provável que o Detroit Tigers seja o lanterna da divisão. O grupo é uma mescla de jovens (alguns mais promissores que outros) e pinceladas de veteranos como Miguel Cabrera, Eduardo Rodriguez e Javier Báez. Entretanto, falta química.

O ataque será composto por Haase (receptor), Spencer Torkelson (primeira-base), Jonathan Schoop (segunda-base) e Javier Báez (interbases) – ambos acabam de retornar da disputa da Copa do Mundo pelas seleções dos Países Baixos e Porto Rico, respectivamente). Completam o grupo o terceira-base Nick Maton, os defensores externos Akil Badoo, Riley Greene, Austin Meadows e o rebatedor designado Miguel Cabrera – que caminha para a última temporada antes da merecida aposentadoria.

Na rotação, Eduardo Rodriguez puxa um grupo com Matthew Boyd, Michael Lorenzen, Spencer Turnbull e Matt Manning. O quinteto deverá ter dificuldade tanto na divisão como nos confrontos dentro da liga. Entre os arremessadores reservas, ninguém chama muito a atenção.

Assim como o White Sox, o Detroit Tigers não está bem rankeado entre os sistemas de formação, embora tenha pelo menos três nomes entre os 100 melhores da MLB. Serão anos difíceis na Cidade dos Motores.

KANSAS CITY ROYALS

A única equipe da divisão a ter vencido um título da World Series nos últimos 15 anos, o Kansas City Royals vive um misto de expectativa e frustração para 2023. O elenco é jovem e promissor. Mas ainda não conseguiu render o necessário – a equipe foi a última colocada na divisão em 2022.

Para 2023 serão poucas mudanças, mas certamente haverá mais tempo de jogo para o grupo que, aos poucos, foi subindo para a equipe principal. Liderados por Bobby Witt Jr. (interbases), que disputou a Copa do Mundo pelos Estados Unidos, os Royals contam também com Salvador Perez e MJ Melendez (receptores), Vinnie Pasquantino (primeira-base) e Nicky Lopez (utilitário) que estiveram no World Baseball Classic. 

Entre os arremessadores teremos (mais uma vez) o experiente Zack Greinke puxando um grupo com Brady Singer, Jordan Lyles, Brad Keller e Daniel Lynch. O grupo do bullpen tem reforço do fechador Aroldis Chapman, que busca redenção em mais uma equipe da MLB. 

Caso dê liga, o Kansas City Royals é um sério candidato a surpreender em 2023!

MINNESOTA TWINS

Chegamos ao principal time da divisão – ou pelo menos o que melhor movimentou para construir o elenco para 2023. Já era esperado que os Gêmeos de Minnesota pudessem competir em 2022. Mas a equipe conseguiu terminar o ano atrás até mesmo do Chicago White Sox. 

Entretanto, para essa temporada, o Twins chega com a renovação do interbases Carlos Correa, que passou por San Francisco e Nova Iorque antes de assentar em Minnesota. Correa puxa um ataque com nomes como Christian Vazquez (receptor), Donovan Solano (primeira-base), Byron Buxton (campo externo) e Joey Gallo (rebatedor designado).

No grupo de arremessadores o Twins tem uma rotação sólida com Sonny Gray, Pablo López, Joe Ryan, Kenta Maeda e Tyler Mahle, que deve ser o ponto forte da equipe em 2023. O corpo dos reservas terá Emilio Pagán, Jorge López e Jhoan Duran para segurar a bronca.

Junto com o Cleveland Guardians, o Twins vive um momento bastante favorável na divisão e disputa para os playoffs, mas a perspectiva para o futuro é mais enxuta que a dos rivais.

PROJEÇÕES

Com tudo isso em mente, nossa previsão para a divisão Central da Liga Americana fica assim:

Muito bem, tudo organizado. Mas tenha em mente que previsões são incertas, ainda mais se tratando de uma divisão que há tempos não vê um time repetir o primeiro lugar. E que venha o Opening Day!