Após uma estreia avassaladora contra o Panamá, a seleção brasileira agora enfrenta a França. Na primeira partida, não houve dificuldades para o Brasil superar o adversário, a goleada contou até hat-trick de Ary Borges – que se tornou a quarta brasileira a alcançar o feito em uma estreia de copa. Nesse sentido, a equipe comandada por Pia Sundhage atuou de forma irrepreensível, maravilhando o mundo com a beleza do terceiro gol da partida – de almanaque! (confira o gol)

O segundo desafio do Brasil será contra uma das favoritas ao título. Às 7h da manhã de sábado, a seleção irá encarar a França, que não teve a estreia esperada na competição. Apesar do domínio na partida, a seleção francesa pecou ao finalizar e não converteu a dominância em efetividade contra a Jamaica.

Em todo o histórico do confronto, o Brasil jamais venceu a França. As seleções se encontraram 11 vezes, com seis vitórias para as francesas e cinco empates. Além de tudo isso, os últimos quatro jogos foram triunfos para a seleção europeia. A mais amarga delas, certamente, fica por conta da desclassificação nas oitavas de final da última copa do mundo. A eliminação, no último encontro entre as duas equipes, tem um certo humor trágico para os brasileiros. O gol da eliminação veio Amandine Henry, que compartilha sobrenome com outro carrasco brasileiro em copas – esse no futebol masculino.

Mesmo que não vença, a seleção brasileira pode ficar muito próxima da primeira colocação do grupo em caso de empate. Apesar dos prognósticos colocarem o Brasil como zebra na disputa, a seleção lidera o grupo e vem embalada pela última vitória na competição.

A última dança da Rainha

Para além disso tudo, existe também um fator em que os brasileiros se apegam nesse momento. Ele trespassa as linhas do campo e beira o misticismo. Essa será a última copa de Marta, a maior jogadora de futebol da história. Todavia, apesar de vencer seis vezes o prêmio de melhor jogadora do mundo, Marta ainda não conquistou um título mundial pela seleção. Então, na sua última chance de vencer uma copa, a rainha do futebol atrai a torcida e a energia não só dos brasileiros, mas de todo o amante de futebol desse mundo.

Talvez, como último gesto de bondade e retribuição àquela que tanto fez por ele, o futebol tenha a generosidade de recompensar sua maior heroína. Do mesmo modo, sabemos quão cruel esse esporte pode ser – caso não venha, que azar da copa em não ter a Marta!