Já assisti muitos jogos de NBA, já me emocionei demais com vários finais, sejam positivos ou negativos; para times meus ou então para caras que eu admiro no mundo do basquete. Aliás, tenho me emocionado (e não é pouco) toda segunda-feira, com os dois episódios que saem do documentário Last Dance. Que história!
Nessa coluna, por duas vezes, já abri o coração quanto a Lakers e Pacers. Jogo das Finais de 2000 e outra vez contando como nasceu minha paixão por esse esporte e pelos Pacers. No entanto, tirando os hors concours, último jogo de Kobe Bryant e o primeiro jogo do Lakers, pós o seu falecimento, nada me emocionou tanto, quanto as finais de 2016.
Lebron James
Se você já nos acompanha, sabe muito bem do meu apreço por Lebron James. Nunca vou comparar o cara a Michael Jordan; até pelo motivo de ser impossível, em qualquer que seja o aspecto. Nos números é inegável que Lebron tem feito bem mais, mas ainda não carrega o mesmo número de anéis no dedo.
No âmbito financeiro, não tem nem como levantar essa lebre. Jordan é até hoje o cara que mais fatura, mesmo já aposentado (falamos isso aqui). Mas tirando esses pontos, existe um aspecto que coloca um abismo entre um e outro: o social. Jordan disse que nunca queria ser exemplo, só queria jogar e ganhar.
Quem sou eu para julgar alguém pelas suas decisões, cada um faz o que bem entende de sua vida. Cada indivíduo deve saber e ter noção do fardo que carrega e do legado que pretende deixar. Jordan fez o basquete crescer, você pode até discordar que ele é grande ou o melhor que você viu, mas me desculpe, não teria Dream Team sem ele.
Agora, voltando ao Lebron e ao que ele mas me cativa, o seu posicionamento perante o mundo. O King James nunca deixou de falar, nunca deixou de se impor, nunca deixou de debater e nunca deixou de apoiar as suas crenças, a sua cidade. “I Promise”, que hoje é uma escola, também foi frase de título em 2016.
Finais 2016
Em 2016 o time do Golden State Warriors era o maior, inegável. Bateu o recorde de vitórias em uma única temporada; 73 vitórias, 9 derrotas. Stephen Curry, Klay Thompson e Draymond Green eram o trio. Isso sem contar o elenco de apoio que ainda tinha os veteranos Shaun Livingston e Andre Iguodala… Um timaço.
Eles abriram um 3-1 contra os Cavaliers e isso já desenhava o fim do campeonato da mesma forma que os Bulls de 1995-1996, recorde de vitórias numa temporada e o título da NBA. Nunca na história do basquete americano, uma equipe com essa vantagem (3-1) tinha perdido o título. As estatísticas eram favoráveis demais.
Mas o que são estatísticas frente a Lebron James e a sua promessa de dar um título para Cleveland? Bem, continuam sendo estatísticas. Os Cavaliers empataram a série em 3 a 3 e tiveram o sétimo jogo lá na Baía de São Francisco. Lebron tinha a seu lado, Kevin Love, Kyrie Irving e toda uma cidade, louca e sedenta por um título esportivo
Os minutos finais desse jogo não merecem texto meu, merecem ser vistos e revistos infinitas vezes. O toco de Lebron James em Andre Iguodala, com poucos minutos para o fim da partida… Sei lá, não consigo colocar palavras. Esse jogo merece ser visto, esse jogo nos dá esperança.
A cena final, de Lebron James, ajoelhado em quadra, cheio de lágrimas e então, na entrevista com a Doris Burke, o grito, o berro, com toda a sua força, “Cleveland this is for you” é maravilhosa. Enfim, só assistam, façam esse favor a vocês, mas antes, preparem as receitas que mandaremos aqui embaixo.
Almôndegas com abacate
Ingredientes:
- 700g de carne moída de boi
- 450g de carne moída de porco
- 1 colher de sopa de mostarda dijon (grãos)
- 3 colheres de sopa de tomate seco
- 2 colheres de café de manjericão seco
- 1 colher e meia de chá de sal marinho
- 2 colheres de café de raspas de limão
- 1 colher e meia de sopa de suco de limão
- Avocado grande (cortar ao meio, tirar caroço e descascar)
Modo de preparo:
- As almôndegas serão feitas no forno, então já deixe pré-aquecendo a 200° C.
- Então, numa tigela misture as duas carnes moídas, o tomate, a mostarda, o manjericão, uma colher de chá de sal e as raspas de limão.
- Em seguida, numa outra tigela, amasse o avocado, misture o suco de limão e o restante da colher de chá de sal.
- Logo após, faça bolinhas com a mistura das carnes e depois amasse um pouco ao centro, formando um buraco para recheio.
- Então, preencha o buraco com a mistura de avocado e em seguida fecha esse buraco formando, novamente, uma bolinha. Garanta que fique bem fechado, afinal, não queremos perder o recheio durante o tempo de forno, não é mesmo?
- Feito isso, pegue uma frigideira, coloque um pouco de óleo e deixe esquentar, em seguida coloque as almôndegas e gire todas elas até que fiquem douradas.
- Assim que todas estiverem douradas, coloque todas numa assadeira e se quiser “banhe” com um pouco de molho vermelho (essa é só uma dica tailgate).
- Deixe as almôndegas no forno por mais ou menos 15 minutos.
- Assim que tirar do forno, sirva imediatamente todas as pessoas que moram com você.
- Dica tailgate: Você também pode fazer essa almôndega com soja, caso você seja vegetariano.
Bolinhas de espinafre
Ingredientes:
- 300g de espinafre (congelado)
- 3⁄4 de xícara de manteiga sem sal (derretida)
- 1 cebola
- 4 ovos
- 1⁄2 xícara de queijo parmesão ralado
- 1⁄2 colher de chá de alho em pó
- 1⁄4 colher de chá de pimenta
- 2 xícaras de farinha de rosca (ou Panko)
Modo de preparo:
- Comece cortando a cebola em pequenos cubinhos.
- Então, numa tigela grande misture todos os ingredientes até tudo ficar bem juntinho e misturado.
- Em seguida comece a enrolar a massa em pequenas bolinhas.
- Logo após, coloque todas as bolinhas num recipiente e leve à geladeira por duas horas.
- Então, depois que passar o tempo de geladeira, coloque as bolinhas em uma assadeira untada e leve ao forno numa temperatura de 180ºC por mais ou menos 20 minutos.
- Por fim, retire do forno e sirva as pessoas da sua casa com um molho da sua preferência.
Bateu a fome!
Bateu a fome, bateu forte, assim como bate em todas as quintas-feiras convencionais de engordando o jogo. Mas agora, com o agravante da quarentena, nossa ansiedade faz a fome bater mais ainda. Eu mesmo, já abri a geladeira umas mil vezes enquanto escrevia a coluna, também abri os armários procurando um petisco aqui e ali.
É difícil gente, é difícil, eu sei. Entretanto, a calça continua cabendo e isso é o mais engraçado dessa história. Comendo feito um doido nessa ansiedade maluca, mas a conta da balança ainda não chegou. Talvez pelo nervoso de tanto noticiário e tantas coisas ruins que temos visto, mas isso vai passar e será bem bonito quando acontecer.
Assim como num filme, ou até mesmo como numa final de NBA. A final ganha pelo Cleveland Cavaliers, dando o primeiro título para a cidade de Cleveland após 50 e poucos anos. Sim, eu continuo sendo um sonhador e imaginando o quão bom as coisas podem ser boas depois. É o melhor que podemos fazer agora.