Engordando a quarentena: Super Bowl XLIV

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No dia 19 de março começamos com o engordando a quarentena. Escrevi sobre um jogo de superação de Peyton Manning, uma virada histórica no quarto período de um Monday Night Football. Na época eu confirmei que a coluna seria clubista sim e não estava nem aí para isso. Bom, hoje o negócio é um pouco diferente.

7 de fevereiro de 2010, domingo de Super Bowl lá em Miami. Direto do “falecido” Sun Life Stadium, Peyton Manning e Drew Brees, frente a frente. Brees não teve uma temporada de muito sucesso, talvez o pior ano de sua carreira estatisticamente. Já Peyton, garantiu o seu quarto MVP e teve (talvez) a melhor temporada da carreira.

Enfim, os Colts voltavam ao Super Bowl e no mesmo lugar que três anos antes, foram campeões em cima do Chicago Bears. Já os Saints, chegavam em seu primeiro Super Bowl na história do clube, aliás, a única vez na história da franquia até hoje. No entanto, esse aparecimento no Super Bowl, tem algo que ultrapassa as quatro linhas.

Katrina

Em 28 de agosto de 2005, New Orleans foi atingida pelo furacão Katrina, um desastre sem tamanhos, triste demais, uma mancha na história. No dia 29 de agosto, o Katrina atingiu 53 diferentes pontos de acometimento na Grande New Orleans, algo em torno de oitenta por cento da cidade acometida pelo furacão.

Mais de um milhão de pessoas foram evacuadas, mas ainda sim, não toda a cidade. Então eis que entra um outro personagem nessa história, o Louisiana Superdome, hoje conhecido como Mercedes-Benz Superdome. Aproximadamente 9.000 habitantes e 550 soldados da Guarda Nacional tiveram o estádio como abrigo.

Esse número ainda aumentou, conforme a equipe de resgate encontrava mais pessoas em meio ao caos que estava na cidade. O major-general Bennett C. Landreneau, ajudante da Guarda Nacional da Louisiana, disse que o número de pessoas que se abrigavam no Superdome aumentou para mais ou menos 20.000 pessoas.

Mais que um estádio

Ao contrário do que muitos pensam, essa não foi a primeira vez que o Superdome serviu de abrigo público, mas sim a terceira. Anteriormente, em 1998, foi abrigo durante o furacão George e novamente em 2004, durante o furacão Ivan. No entanto as proporções do Katrina foram maiores e o estádio foi utilizado por mais tempo. 

Nas duas primeiras ocasiões, ele foi utilizado por dois dias no máximo, bem diferente do Katrina. Apesar disso, quando o Katrina se aproximou, as autoridades não haviam armazenado combustível, alimentos e outros suprimentos suficientes para atender às necessidades das milhares de pessoas que procuram refúgio no Superdome.

Um artigo da revista Time, naquela época, dizia que as autoridades não queriam que o estádio fosse visto como um hotel. Eles tinham medo de menos pessoas evacuarem, se o Superdome fosse confortável demais. É difícil sair desse cenário e começar a falar em jogo, mas foi essa uma das coisas que a cidade acabou se agarrando.

“Um retorno para a história”

Noano seguinte ao desastre, em 2006, os Chargers decidem investir em Philip Rivers e deixam Drew Brees virar free agent. Então os Saints fecham o contrato com seu novo técnico, Sean Payton e a pedido dele, trazem Drew Brees. O time começa a fazer uma campanha, de que renasceria junto com a cidade; tudo isso, junto com o retorno ao Superdome.

Até o Super Bowl em 2010, foram temporadas complicadas. 2006 o time chega aos playoffs, 2007 tem campanha negativa, 2008 fica naquele amargo 8-8. Já na temporada 2009, o time é quase impecável e garante sua passagem para o Super Bowl XLIV. Uma premiação por tudo que a cidade de New Orleans passou e agarrou-se ao time.

O jogo é algo maluco, com Sean Payton carimbando na NFL, o seu status de agressivo (as vezes maluco, confesso). Logo no início do segundo tempo, atrás do placar, ele pede ao time que chute um onside kick. Os Saints recuperam a bola e aí vocês assistam ao jogo que está aqui embaixo para ver a história completa.

Só um detalhe, antes de irmos para as receitas, aliás, elas serão doces. Após assistirem ao jogo, confiram esse link aqui; é a narração de Everaldo Marques, da jogada que podemos chamar de decisiva nessa partida. Apesar de uma derrota amarga para um torcedor dos Colts, até hoje não tem uma narração que me emociona mais; apesar do ano incrível de Peyton Manning, esse título só poderia ficar em New Orleans.

Cuca de banana

Uma cuca de banana para acompanhar o Super Bowl KLIV.
Fonte: Panelinha
Ingredientes:
  • 2 xícaras de farinha de trigo
  • 1 xícara de açúcar
  • 100 gr de margarina
  • 1 pitada de sal
  • 4 ovos (se dobrar a receita são 6 ovos)
  • 1 colher sopa de fermento
  • 1/2 xícara de leite
Modo de preparo:
  1. Primeiro passo é bater o açúcar, a manteiga e o sal, até formarem um creme.
  2. Em seguida, acrescentar um ovo por vez e vá batendo até que a massa comece a soltar bolinhas.
  3. Logo após, comece a acrescentar farinha e leite e forma alternada e vá batendo.
  4. Então, assim que terminar, acrescente o fermento e bata devagar, com muito carinho.
  5. Em seguida, unte uma assadeira e coloque toda a massa nela.
  6. Na sequência, corte 6 bananas ao meio e coloque por cima da massa.
  7. Então, salpique açúcar com canela por cima de tudo e leve ao forno por mais ou menos 35 minutos.
  8. Ao final do tempo de forno, deixe esfriar e em seguida sirva as pessoas que moram com você.

Bolinho de chuva de cenoura

Bolinho de chuva com cenoura - Rádio Santiago
Fonte: Rádio Santiago
Ingredientes:
  • 2 cenouras grandes
  • 1 colher de sopa de óleo
  • 2 ovos
  • 1/2 xícara de leite
  • 2 1/2 de farinha de trigo
  • 1/2 xícara de açúcar
  • 1 colher de sopa de fermento em pó
Modo de preparo:
  1. Comece cortando a cenoura em pedaços pequenos.
  2. Em seguida, junte a cenoura, o óleo, os ovos, o leite e o açúcar, num liquidificador e bata por cinco minutos.
  3. Logo após, numa tigela, junte essa mistura com a farinha de trigo e o fermento. Bata devagar, com muito carinho até que fique homogêneo.
  4. Então, faça pequenas bolinhas com a massa e coloque para fritar em óleo quente.
  5. Por fim, enrole os bolinhos no açúcar e na canela e sirva as pessoas que moram com você.

Bateu a fome!

Só com um monte de receita doce para acabar com o amargor da derrota nesse Super Bowl. Sempre falo isso, mas brincadeiras a parte, essa provavelmente é uma das derrotas que eu aprendi a gostar. Não vou negar que naquele 7 de fevereiro de 2010 fiquei bravo, reclamei e xinguei o Peyton após aquela interceptação.

Mas lá no fundo, a vitória é toda da cidade de New Orleans. A cidade se reergueu e o time talvez tenha sido uma personificação do que foram os anos seguintes do Katrina para a cidade. Não existe melhor frase que “um retorno para a história”. Após o desastre, a cidade unida ao time, se reergueu.

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