Não mais ajoelhados

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Em 2016 Colin Kaepernick só ajoelhou,
Enquanto na Carolina do Norte a polícia alvejou
Mas ninguém deu ouvidos,
E no ano seguinte, Kaep foi banido

Banido? Ele não ficou desempregado?
Se você entendeu assim, acho que entendeu errado
“Ah, mas é muito difícil ser quarterback dessa nfl”
Cara, acorda, é o preconceito que é cruel

Um preconceito “fantasiado” de patriotismo
Um patriotismo que é só outro “ismo”
Para eles, onde já se viu desrespeitar a nação?
Ajoelhar perante a bandeira e o hino?! Não!

Kaep falou, falou e a Nike até ajudou
Mas o genocídio não parou
Foi em São Francisco, foi em Nova Iorque,
Baltimore e em Minessota, o choque

Lá atrás, Lebron se juntou, continou driblando
Não calou a boca e seguiu lutando
Num pré-jogo, em sua camiseta, letras garrafais,
“I can’t breathe”, o mesmo que Floyd gritou, aliás

Na última segunda, ajoelhar-se
Voltou aos noticiários
Mas dessa vez, não era Kaep
Ou um de seus partidários

Esse joelho não foi para alertar
Muito pelo contrário, foi para matar
Cara, não é possível, alguém tá vendo?
Não é possível que nossa humanidade esteja se dissolvendo?

E vocês sabem o pior?
Aqui, no brasil, o número é maior.
Sim, a luta é mundial,
Mas não podemos esquecer do nosso quintal

O que acontece lá,
Nada é diferente de cá.
George, Eric
Walter ou Philando

Estes todos, quão diferentes são de João Pedro,
Jenifer, Kauê ou Evaldo?
É claro, todos esses casos merecem atenção
Chega de ficar de joelhos no chão

Por isso o meu alerta, no entanto,
Fica para os nossos próximos cantos
Assim como eles tem gritado no USA
Vamos gritar pelos nossos também

400 anos de escravidão
É preciso uma retratação
Se por essas vidas, você não se responsabilizar
Parte do problema, culpado, você será

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