Brasil Tupis x All Blacks Maori (Fonte: João Neto / Fotojump / Divulgação)

Nós fomos: Brasil Tupis x All Blacks Maori

Tempo de leitura: 2 minutos

No último sábado (10/11), um evento histórico aconteceu na cidade de São Paulo. 34.541 pessoas foram ao Morumbi, debaixo de chuva, para assistir Rugby. Sim, você leu certinho, Rugby. A seleção brasileira, os Tupis, enfrentaram a melhor seleção do mundo, os neozelandeses, ou melhor, os famosos All Blacks. Embora não tenham vindo ao Brasil com sua seleção principal, não pense que eles são fraquinhos.

O All Blacks Maori é formado por jogadores neozelandeses de etnia Maori e são eles que representam a grande tradição do esporte no país com amistosos ao redor do mundo. Eles disputaram sua primeira partida em 1888 e desde então já realizaram 119 jogos. A seleção tem um aproveitamento de 62,18%. Mas além de um aproveitamento expressivo e uma qualidade incrível, vale falar que foram eles os responsáveis por tornar o Haka famoso.

Antes de cada partida, o jogadores da seleção faziam a dança de guerra, que algum tempo depois acabou sendo adotada como um ritual pela seleção principal. Voltando ao jogo, a seleção tupiniquim não deixou a desejar e embora tenha perdido por um placar elástico, 35 a 3, surpreendeu. Os Tupis começaram um pouco assustados, mas ao longo do jogo foram contendo os ânimos.

O jogo

Nossa seleção deu um banho em scrums, ganhou todos, mostrou força física e talento. Ao mesmo tempo, demonstrou problemas em laterais e a única pontuação marcada veio de um penal. Penal que foi marcado por Josh Reeves, o primeiro brasileiro a assinar contrato com um time da liga americana de rugby, a MLR. Ao final da partida, em entrevista, o atleta disse que a chuva atrapalhou um pouco a nossa seleção.

Inclusive ele chegou a pensar que perderia o penal assim que chutou a bola, pois, segundo ele, estava muito molhada e não parecia ter pego direito nela. Resumo da ópera, o público que vibrou muito desde o primeiro segundo de jogo, foi retribuído com uma apresentação de alto nível das duas equipes. Muito bom que tenha sido assim, para apagar o que foi a péssima organização do evento.

Organização do evento

Muitas pessoas ficaram para fora do estádio com o hino tocando e muitos chegaram a perder o Haka. Por ser um jogo com um time estrangeiro, também era possível ouvir alguns gringos conversando nas filas. Frases como “isso aqui parece o inferno” e “isso aqui está uma bagunça” foram reproduzidas em inglês e espanhol. Problemas com catracas quebradas e na formação de fila da revista policial, foram o que causaram a lentidão na passagem pelo portão.

O que a seleção mereceu de parabéns, a organização merece em críticas. Enfim, nós do tailgate zone não poderíamos ficar de fora de um evento como esse e fomos conferir in loco. Entretanto, para ficar ao nosso estilo, levamos a Dona Onça junto para comentar o jogo, dizer o que estava achando e citar diferenças que encontrou em relação do futebol americano. Fiquem atentos que a entrevista sairá nessa semana.

leave a comment