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amores!

Fiat lux

Você já se perguntou o porquê das suas escolhas esportivas? Qual o seu time de futebol? De quem você é fã na MLB, NFL, NHL e NBA? Tem algum time na NCAA? Seja a influência de uma pessoa da família (pai, mãe, tio, irmão…), ou a sequência de títulos, ou um time fantástico, ou mesmo um jogador que você admire, tudo isso (junto ou não) influencia na escolha dos nossos amores no esporte.

De minha parte, ter me tornado um fanático pelos Dodgers foi consequência de outra paixão: o Los Angeles Lakers. Motivo dessa paixão? Era uma criança de 7 anos (em 1986) quando tive contato com a Jersey “Purple and Gold” e também por conta do pivô de LA naquele ano (na verdade ele já estava lá desde 1975): Kareem Abdul-Jabbar. Quando vi aquele gigante pela TV, careca e jogando de óculos fiquei extasiado. Achava o máximo e o imitava jogando futebol de óculos também. Nem sabia ainda quem eram Magic Johnson, James Worthy, A. C. Green, Kurt Rambis e outros craques daquele Lakers comandado por Pat Riley.

Os Lakers entraram tão fortes na minha vida que decidi que torceria por todas as equipes de LA nos outros esportes. Daí veio os Kings na NHL, os Rams – mais recentemente – na NFL (torcia pelos Giants de NY na espera de um time ir para Los Angeles, porque Giants bom nunca será preto e laranja) e os Dodgers no baseball.

Ah, esse azul e branco

O que, inicialmente, era só uma consequência de outro fanatismo se tornou uma paixão comparada ao que sinto pelo meu Vasco da Gama. E nisso um cara em especial tem muita “culpa”: Manny Ramirez. Acho que os torcedores dos Red Sox entendem o que quero dizer sobre idolatrar “Man Ram”. De suas 19 temporadas na MLB em três delas ele esteve em LA. Sim, eu sei, ele esteve envolvido com o uso de substâncias ilegais (mas qual o problema? Meus rivais sabem muito bem o que é isso… cof, cof Bonds). Mas os momentos “Manny being Manny” foram fundamentais para que me encantasse pelo carisma desse cara.

Claro que a paixão e a idolatria devem ser estímulos suficientes para que um fã se aprofunde na história do esporte (é o que fazemos aqui no tailgate) e também na história de seu time. Então a gente começa a conhecer caras como Pee Wee Reese, Duke Snider – ambos da época de Brooklyn Dodgers, Sandy Koufax, Tommy Lasorda. Mais recentemente Clayton Kershaw, Corey Seager e Cody Bellinger. Jackie Robinson – já foi tema de uma coluna especial – é um patrimônio não apenas dos Dodgers ou mesmo do Baseball, mas um herói do esporte. Vencer o preconceito racial e as barreiras por ele impostas é sim um ato heroico.

Como ser grande

Títulos e conquistas são muito legais, trazem felicidade. É ótimo para extravasar, curtir com seus parceiros e zoar os adversários. Mas quando a gente percebe que um jogador do nosso time mudou a história não apenas do esporte, mas também da sociedade em que ele está inserido, isso te faz se sentir grande.

Tornar-me um Dodger foi surfar uma onda dos Lakers. E agora tem todos os sentimentos e reações de um verdadeiro torcedor. Frio na barriga antes dos jogos, mãos suadas, leitura de tudo o que acontece com o time, compra de camisas. Não à toa reverbera em meus ouvidos o bordão do incrível, a voz dos Dodgers (de 1950 até 2016), Mr. Vin Scully, “It´s time for Dodger baseball”!!!

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