Sobre cães e mascotes #1: Los Angeles Dodgers

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Tem gente que fala que nós, os cachorros, especialmente aqueles denominados como “pets”, estamos ficando humanizados. Nada disso! Eu continuo sendo uma cachorrinha, apesar de saber escrever, vejam só que surpresa!

Então, por ser uma ótima escritora, tanto meu “pai”, como os meus “tios” me pediram para escrever sobre os mascotes de uns times que eles gostam de ver jogar. Na minha estreia como colunista (baita status, vejam só) do tailgate zone vou falar da mascote do time do “tio” Fernandão: o Los Angeles Dodgers.

Antes, porém…

Mas antes disso, preciso dizer quem eu sou, então vamos lá. Meu nome é Baleia… Não, não é nada disso que você está pensando… sou uma Beagle muito fofa e meu nome foi inspirado na cachorra do livro “Vidas secas”, de Graciliano Ramos.

Meu “pai” conta que leu esse livro quando ainda estava no colégio e que marcou muito ele. Uma frase que sempre ouvi, desde que cheguei na casa deles: “No Vidas secas, vemos a humanização do animal e a ‘animalização’ do homem. Um livro belíssimo, uma história que marca”.

Esses humanos adoram nos pegar de surpresa.
Eita! Fui pega de surpresa aqui.

Sou farejadora, curiosa, como minha “bio” diz, sou ótima em escavações… Meu “pai” e minha “mãe” me acham muito gulosa. Mas eu não sou não, é intriga da oposição. Ah, sou bem dengosa também, odeio quando me tiram dos cobertores logo cedo. Tenho uma amiga querida, a Jessie, ela é “filha” do “tio” Dô e da “tia” Inês.

Vocês também vão conhecê-la. Na semana que vem ela que vai escrever aqui, sobre os mascotes. Bem, acho que é isso… sobre mim pelo menos. A gente vai se conhecendo melhor, na medida em que eu for escrevendo mais coisas. Então, vamos aos Dodgers e ao seu mascote (???).

Mascote do Dodgers

Hummmmmmm… mas o Dodgers tem um mascote? As Kardashians poderiam ser o mascote do Dodgers? Não, não… elas são bobinhas demais para isso. Enfim, parece que foi em abril de 2014, num fim de semana de série contra o San Francisco Giants (time do meu “pai” e do “tio” Henriquetta) que o Dodgers apresentou o que poderia ter sido um mascote.

Olha aí o menino mascote. Eu sou muito mais bonita.
Olha que menino sorridente!
Fonte: Pinterest

Ele até parecia mesmo, tinha um rostinho de desenho animado. Sorrisão aberto, aquele olhar que não tá olhando nada, cabelinho saindo do boné… parecia perfeito. Mas não era. Aliás, era perfeito. Entretanto não era o mascote dos Boys in Blue. Definitivamente não era.

Muita atenção e selfies

Já peguei meu “pai” contando essa história para a minha “mãe”. O Giants estava até ganhando do Dodgers, time do meu “tio” Fernandão. Era uma sexta-feira, 4 de abril de 2014 (eu nem sonhava em vir ao mundo ainda). O “papai” conta que aquele boneco que parecia ser um mascote, até fez um certo sucesso com as crianças que estavam no Dodger Stadium, naquela tarde.

Elas até tiravam selfies com ele, mas o menininho não era, de fato, o mascote do time. Na verdade ele era só um dos quatro personagens que o departamento de marketing do Dodgers criou meio “sem que, nem pra que”. Lon Rosen, presidente de marketing de LA naquela época, chegou a chamar o que seria o mascote de “isso”. Olha a falta de respeito, nem eu sou chamada de “isso”!

Dodgers e um “quase” mascote

O menininho não vingou, mas o Dodgers não desistiu. Eles até tentaram mais uma vez, mas não deu e o time ficou sem mascote mesmo. Entretanto, saibam, que o Dodgers não é a única equipe sem mascote na MLB. O time de Anaheim (que se diz de Los Angeles), os Angels e os Yankees, também não tem.

Mascote com patas e pelos nós respeitamos.
Olha esse “quase” mascote, muito mais foto que o outro, mas também não deu certo.
Fonte: Pinterest

Bom, esse outro mascote que eles tentaram, até era mais atraente. Pelo menos pra mim, afinal, patas e pelos, nós gostamos. Enfim, tinha um fã meio lelé do Dodgers que costumava se vestir de urso durante os jogos.

Esse cara dava uns saltos muito loucos em cima do telhado do dugout. Quando me mostraram alguns vídeos disso eu pirei! Queria muito estar com ele. Mas parece que só eu gostei mesmo. Ele não agradou muito ao público e aos jogadores (principalmente), então deram um jeito de sumir com o cara; e esse é o caso do “quase” mascote.

Lasorda e Phillie Phanatic

O Dodgers não têm um mascote. Já disse isso, né? Mas posso repetir, meu “pai” autorizou e pediu para que eu desse uma zoada neles. Brincadeiras a parte, eles não tem um mascote, mas já tiveram um técnico que brigou com um.

Tommy Lasorda, manager dos Dodgers de 1976 a 1996, teve um intreveiro com um dos mais carismáticos e famosos mascotes da MLB: o Phillie Phanatic, do Philadelphia Phillies. Esse mascote é maravilhoso, eu ouço sobre ele desde que cheguei na casa dos meus “pais”.

Era um 28 de agosto de 1988, no Veterans Stadium, lá na Filadélfia. O jogo era entre Phillies e Dodgers (óbvio). Então o Lasorda, que sempre teve a fama de pavio curto, foi o alvo do Phillie Phanatic; que sabia muito bem desse pavio curtíssimo, aliás, sabia bem demais.

Phanatic começou a andar na direção do manager de LA segurando um boneco de pano que imitava o physique du rôle de Tommy Lasorda. Meus amigos, que cena foi aquela. Eu, que sou da zoeira, vivo pedindo para colocarem esse vídeo no YouTube. Nossa, fico latindo muito pra TV.

Nesse “vuco vuco”, foi que o skipper do Dodgers (Lasorda) saiu desembestado atrás do mascote dos Phillies, o derrubou no chão, tomou o boneco e lhe deu uns belos safanões. Mas não ficou só nisso. Gaiato que só, Phanatic não perdeu a chance de, sentado em um quadriciclo, ainda dar mais uma provocada num já nervoso Lasorda que, em retaliação, mandou uma bolada no mascote.

Gente estranha

Que gente estranha essa do time do meu “tio” Fernandão. Não é a toa que meu pai sempre tá zoando essa Blue Crew. Não tem um mascote, tiveram um “quase” mascote e o técnico ainda arrumou confusão com o Phillie Phanatic? Tá de brincadeira?! Mas é isso, tem doido para tudo nesse mundo.

Au!Woof!

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