Olá “aumigos”, sem preguiça e sem o soninho pós almoço, vamos direto para New York, pois o nosso “Sobre cães e mascotes” dessa sexta-feira volta ao baseball, para contar a história de mais um mascote. Esse cara, o Mr. Met, leva consigo, no corpo, umas das peças mais importantes para o jogo, a “base-bola”.
Assim como todos o fãs de esporte, mesmo que você não tenha tanta habilidade atlética assim como nós temos, os cães, sempre há espaço para ficar pertinho dos jogadores, sendo indo aos jogos ou até mesmo trabalhando para as equipes e seus ballparks. A história do nosso mascote, começa com Dan Reilly. Ele foi uma dessas pessoas que conquistou seu sonho, de funcionário da bilheteria do Shea Stadium – antigo ballpark do New York Mets – localizado no bairro do Queens – para se tornar o primeiro a vestir a roupa do Mr. Met, nosso grande homenageado da vez!
O Mr. Met foi apresentado oficialmente pela primeira vez na capa da programação dos jogos em 1963, enquanto os Mets ainda mandavam seus jogos no Polo Grounds – esse era um dos três campos diferentes em New York, ao norte de Manhattan, que recebeu diversos jogos de 1880 até a sua demolição em 10 de Abril de 1964, tanto de Baseball quanto de American Football – mas, só em 1964 o Mr. Met fez a sua estreia, se tornando então, o que se acredita ser o primeiro mascote antropomórfico da Major League.
Histórias de familia
Voltando no tempo, lá em 1960, o Mr. Met já havia feito uma aparição em mídia impressa com sua família, a esposa Mrs. Met, originalmente conhecida como “Lady Met”, e vez ou outra com um grupo de crianças, seus filhos, chamados de “Little Mets”. Havia até um bebê! Isso mesmo, um pequeno Met recém nascido, que ficava o tempo todo nos braços da Lady Met.
Mas, em 1970, a grande família e sua primeira figura acabaram perdendo relevância. Havia pouco apelo pela família e, em 1976, o Mr. Met fez sua última aparição no anuário oficial dos Mets. Depois, por quase 20 anos ele deixou de existir. Nem ao menos em publicações da mídia impressa houve menção ao mascote. Isso tudo no momento em que os mascotes estavam crescendo entre os fãs dos esportes já final dos anos 70.
Então, a equipe de New York até resolveu tentar alguma coisa diferente. Em 1979 apresentou um novo mascote, um animal vivo – o mais comum – que chamaram de “Mettle the Mule”. Sim, uma mula simpática que ficava perambulando pelo gramado. Claro, antes do jogo começar né “aumigo”, e com a bandeira e as cores dos Mets.
O grande retorno
Figuras engraçadas e emblemáticas, os mascotes dos esportes sempre criam uma identificação com os fãs. Divertidos, provocam os adversários o tempo todo. Enfim, tornam-se parte da torcida e da equipe. Por conta desse sentimento de unidade, Lois Kaufmann, um torcedor dos Mets, redigiu um pedido para a gerencia da franquia solicitando o retorno do Mr. Met. E mesmo que os argumentos fossem muito convincentes, a equipe não acatou a sugestão, ao menos não no primeiro momento. Ainda não teríamos o grande retorno do nosso ícone.
O pedido havia sido feito em 1992, mas apenas em 1994 resolveram reintegrar o Mr. Met à equipe. Aproveitando um evento promocional, oferecido por um canal com conteúdo apenas infantil, ocorreu o retorno triunfal do nosso querido mascote, que automaticamente foi lembrado pelo fãs, mesmo após tanto tempo ausente.
Não havia dúvida de que ele era a cara do time. Ainda que houvesse pouquíssima similaridade com um ser humano, ou vínculo com qualquer história ou pedaço do ballpark, por meio de alguma magia – assim como a magia que nós, doguíneos, usamos com os nossos humanos – ele se faz insubstituível. Em 2002, o Mr Met teve até festa de aniversário no Shea Stadium, contando com a presença de todos os mascotes da Major League.
Curiosidades
A primeira das curiosidades que envolvem o nosso “aumigo” Mr. Met, é a controvérsia do número. Ele nasceu utilizando a camisa dos Mets de número 00, mas com a aposentadoria do mascote, o número passou a se tornar elegível para que fosse usado pelos jogadores. Porém, em 2003, Tony Clark – primeira base, já aposentado, e diretor da Associação dos jogadores da Major League MLBPA – decidiu usar o número 52, para que fosse possível devolver o número 00 ao Mr. Met, em homenagem ao retorno do mascote à equipe.
Outro fato curioso, porém inconveniente. Em 1970, a Lady Met já sofria com assédio sexual. Durante as suas aparições havia a necessidade de manter a personagem em um espaço controlado, com a presença de um segurança. Nem mesmo uma pessoa vestida como um boneco de gênero feminino estava a salvo de tal absurdo.
Mr Met e Lady Met não costumavam falar com os fãs. Mas outra curiosidade é que eles conseguem se comunicar por linguagem de sinais e em vários sistemas diferentes. Certa vez, um jornalista do New York Times fez o seguinte relato a respeito dessa habilidade
Lembro que ele apontou para mim, depois para si mesmo; ele indicou, na linguagem americana de sinais, que também me amava.
Divindade
Mesmo com tantas histórias interessantes que cercam esse figura, a origem do Mr Met ainda é um mistério, mesmo a concepção de sua forma física é incerta. Existem alguns mitos a cerca desse assunto, que indicam até que ele já estaria aqui antes mesmo do tempo e da criação, e que ele seria uma espécie de divindade que “simplesmente surgiu” para ajudar os Mets.
Após se consolidar, em 2007 foi eleito para o hall da fama dos mascotes. Você deve estar se perguntando, e a família do Mr. Met?
Claro meu bom “aumigo”, se juntaram a ele em 2013, com o retorno da Lady Met e de seus filhos os “hardball-headed kids”, as crianças de cabeça dura. Atualmente você vê toda essa galera no Citi Field, a casa da família Met e dos Mets!
Au! Woof!