História da MLB: Bill Byrd

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Esse texto sobre Bill Byrd faz parte de uma série em que estamos contando a história das Negro Leagues, que neste ano completam 100 anos. Para conhecer um pouco mais sobre elas, acesse aqui.

Bill Byrd: um dos últimos arremessadores a ter o privilégio de lançar uma spitball legalmente. O arremesso seria proibido tempos depois por conta dos riscos que ele trazia aos rebatedores. O ace do Baltimore Elite Giants era um privilegiado em talento. Sua presença no montinho era puro domínio. Mas Byrd não era só habilidade! Com muita energia física, ele uma vez arremessou e venceu um doubleheader com o Elites.

Além da spitball, Bill Byrd tinha uma grande repertório de arremessos. Nele estavam incluídas a knuckleball, o slider, uma curve irrebatível, a bola rápida e uma sinker sinuosa.

Início de carreira

William Byrd é filho da Geórgia, da cidade de Canton, nascido em 15 de julho de 1907. Seu início de carreira se deu tardiamente, só em 1932, pelo Baltimore Elite Giants. Mas em 1935 o Elites se mudou para Columbus. Byrd foi chamado para jogar pelo time e permaneceu com a franquia quando ela mudou para Washington e depois para Baltimore.

Mas foi o Elite a casa de Bill Byrd por 16 anos.
Bill Byrd.
Fonte: Cooperstown expert

Entretanto, antes da chegada no Columbus Elite Giants, Bill jogou pelo Columbus Blue Birds (1933); Nashville Elite Giants (1933); Cleveland Rede Sox (1934); e Homestead Grays (1934). Mas esses não seriam os únicos times de Bill Byrd. Ele ainda atuaria pelo Washington Elite Giants (1936-1937); Baltimore Elite Giants (1938-1939 e 1941-1950). Byrd teria uma rápida passagem pela Liga Venezuelana de Verão, em 1940. A erraticidade era um traço da maioria dos jogadores das Negro Leagues. Todavia, a franquia Elite foi sua casa por 16 anos, ainda que o time tenha “pingado” de cidade em cidade!

Além de um jogador excepcional, Bill Byrd também estava atento às jovens promessas de seus times. Na medida em que ganhava experiência, ele assumiu o papel de cuidar do bem-estar dos jogadores mais jovens e se tornou uma figura paterna para alguns. Entre eles Roy Campanella, que se tornaria uma das estrelas do Brooklyn Dodgers.

Recordes

Entre as temporadas de 1932 a 1949, Bill Byrd manteve um recorde de percentual de vitórias superior a .600, registrando apenas uma temporada com mais derrotas em um período de quatorze anos. Mas foi em 1936 que ele fez sua melhor temporada: 20-7. As estatísticas disponíveis mostram os recordes da liga de 5-3, 6-3 e 9-4 para os anos de 1937-1939. Depois de uma temporada na Venezuela em 1940, ele voltou ao Elite e registrou 7-3 com um ERA de 2.75 em 1941. De 1942 a 1945 ele anotou 10-2, 9-4, 8-7 e 10-6, respectivamente.

Embora as estatísticas fossem incompletas para os jogos das Negro Leagues, Byrd, que perdeu apenas 72 jogos, fica em quarto lugar no total de vitórias, com 115, atrás de Bill Foster, 137; Satchel Paige, 123 e Andy Cooper, 118.

Mas Bill Byrd era figura certa no East-West All Star. Suas cinco aparições (1936, 1939, 1941, 1944 e 1946) foram superadas apenas por Leon Day e Hilton Smith.

Mas as habilidades de Byrd não estavam restritas ao montinho. Ele também fez uma aparição no East-West All Star como rebatedor em 1945. Eventualmente ele atuou como 1B e também no OF. Byrd aprendeu a rebater ainda criança, quando usava galhos de árvores para rebater pedras na fazenda da família em Canton. Como a maioria dos arremessadores, se orgulhava de suas rebatidas.

Suas médias em temporada regular incluem marcas de .318 (1936); .286 (1941); .304 (1942); e .344 (1948). Mas seus talentos arremessando e rebatendo acabavam sendo arrefecidos por uma lentidão na corrida entre bases.

Última temporada e a eternidade

Embora tenha iniciado a temporada de 1950 Baltimore Elite Giants, Byrd, aos 43 anos, se aposentou e passou a jogar em times semiprofissionais. Enquanto isso, ele mantinha um emprego regular na General Electric Company, na Filadélfia, onde trabalhou por 20 anos.

William “Bill” Byrd não chegou à MLB, embora tivesse habilidade suficiente para tal. A segregação racial quebrada apenas em 1947 chegou tarde demais pra ele, como disse sua esposa, Hazel Byrd

“Bill nasceu 20 anos antes do tempo. Se a chance tivesse chegado em seu auge, ele poderia ter chegado às Majors”.

O estelar Monte Irvin, membro do Hall da Fama do Baseball, também acreditava que Bill Byrd poderia ter chegado na MLB,

“Byrd era um mestre. Não há dúvida de que Bill Byrd teria sido uma estrela nas ligas principais”.

No dia 15 de janeiro de 1991, aos 83 anos, Byrd morreu na Filadélfia.

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