Engordando a quarentena: Bills vs Oilers (WC NFL, 1992)

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Chegamos na quinta semana do “engordando a quarentena” e ainda nem sabemos quando voltaremos ao “normal”. Nosso novo colunista, o Mateus, começou uma série de textos sobre “como” e “quando”, poderemos ver nossas ligas novamente. Confesso que alguns estudos recentes, não passam uma visão tão legal da situação.

Eu cheguei a dizer isso no último podcast, o nosso “normal” mudará, passará a ser outro. Conviveremos com esse vírus, que é pior que o Patriots, por um bom tempo e teremos que nos adaptar a ele; até que surja alguma vacina, ou alguma medicação adequada. No entanto, eu acredito que vamos virar esse jogo, já passamos por outros problemas e sobrevivemos.

Então, foi pensando nessa virada, em vencer esse vírus, que me veio um jogo perfeito para assistir nessa quarentena. Um jogo pra nos ensinar a não perder a esperança, mesmo que as situações estejam totalmente desfavoráveis. Em 3 de janeiro de 1993, playoffs da temporada de 1992 da NFL, Buffalo Bills e, o saudoso, Houston Oilers disputaram o Wild Card.

Bills e Oilers

Bom, Bills e Oilers, pra quem não entende Wild Card, no português claro, podemos dizer que se classificaram na “bacia das almas”, como o nosso querido Dodô costuma dizer. Esse jogo é conhecido como “The Comeback”, mas alguns também chamam de “The Choke” ou “35–3”. O Buffalo Bills, que foi campeão da AFC nos dois anos anteriores, terminou a temporada com 11 vitórias e 5 derrotas, no segundo lugar na sua divisão.

O ataque do time, no estilo “No-huddle”, liderou a NFL em jardas corridas (2.436) e ficou em segundo lugar em jardas ofensivas totais (6.114 jardas). Como principais nomes desse ataque, Buffalo tinha o quarterback Jim Kelly (um vitorioso, apesar de chegar em quatro Super Bowls e não ganhar nenhum, veja aqui), o running back Thurman Thomas, e os recebedores Andre Reed e James Lofton. 

Nessa época, Buffalo também contava com o Hall of Famer Bruce Smith, que é o recordista de sacks na NFL. Enquanto isso, o Houston Oilers também terminou em segundo lugar na sua divisão, mas com um recorde pior, 10 vitórias e 6 derrotas. Se o ataque dos Bills era bom, correndo ou passando, o de Houston, no estilo “Run N’ Shoot” era o melhor da liga passando a bola (4.231 jardas). Um grande diferencial dos Oilers era a sua defesa, terceira melhor da liga.

Nesse time dos Oilers, nove jogadores chegaram ao Pro Bowl naquele ano, incluindo o quarterback Warren Moon (mesmo perdendo seis jogos por lesões). Outro nome que também merece muito ser mencionado, é o de Lorenzo White, running back do time que correu para 1.226 jardas, mas também era peça importante no jogo aéreo, recebendo 57 passes.

“The comeback”

Antes do jogo de Wild Card, os dois times se encontraram no último jogo da temporada regular. A resultado foi um massacre, 27 a 3 para os Oilers, em Houston. No entanto esse jogo é “primordial” pro que torna o jogo de Wild Card mais marcante ainda. Nesse massacre de Houston, Jim Kelly teve uma grave lesão em seu joelho.

Com isso o seu reserva precisou entrar em jogo, o quarterback Frank Reich, hoje técnico do Indianapolis Colts. Reich terminou a partida com 11 passes completos de 23 passes lançados, para 99 jardas, 2 interceptações e um passer rating de 23,6. Ao final da partida, Jim Kelly já sentia que estava fora dos playoffs e Reich seria o comandante dos Bills.

Tudo levava a crer, que Houston teria uma vitória muito tranquila. E isso basicamente ficou registrado no primeiro tempo do jogo, 28 a 3 para Houston. Mas, começa o segundo tempo e a história começa a ficar bem interessante. No entanto, eu não vou contar, clica no vídeo aí embaixo e assiste essa maravilha.

Frank Reich

Só queria complementar algumas histórias de Frank Reich aqui. Ainda na universidade, Reich foi quarterback reserva de Maryland Terrapins. Num jogo contra o Miami Hurricanes, ele substitui o quarterback titular, Stan Gelbaugh e virou um jogo que estava 31 a 0, para 42 a 40. Até 2006, esse era o recorde de maior virada no college football.

Além disso, também é engraçado pensar, que Frank Reich também tem uma virada muito interessante como técnico. Afinal, não sei se todos se lembram, mas Reich chegou até o cargo de treinador principal dos Colts, logo após Josh McDaniels rejeitar o time, mesmo já tendo contratado alguns auxiliares. 

Bom, aos 48 do segundo tempo, Reich vira técnico dos Colts, pega uma comissão técnica “que não era sua” e começa a temporada com apenas uma vitória e cinco derrotas. Mas, no “segundo tempo” da temporada, engata nove vitórias em 10 jogos e vai com o time aos playoffs. Predestinado? Talvez, não sei, mas agora vamos para as receitas.

Pizza de pão de forma

Já que não tem pizzaria, vamos fazer uma pizza em casa, pra acalentar essa quarentena.
Fonte: site Baú das Dicas
Ingredientes:
  • 2 tomates
  • 1 cebola
  • 200 g de presunto (pode ser pepperoni também, ou nenhum dos dois, caso você não coma carne)
  • 200 g de queijo mussarela
  • 4 dentes de alho
  • Orégano
  • Sal
  • Azeite
  • 1 pacote de pão de forma

Aviso tailgate zone: use o que você tem em casa, não saia de casa para fazer as receitas que passamos. Se você pode ficar em casa, fique! Quarentena meus jovens, isolamento social.

Modo de preparo:
  1. Comece refogando o alho e a cebola no azeite.
  2. Em seguida, acrescente na panela do alho e da cebola, o tomate e o sal, vá mexendo até que forme um molho cremoso, então, quando estiver pronto, reserve.
  3. Agora coloque os pães numa assadeira e jogue todo o molho em cima dos pães.
  4. Logo após, cubra o molho com o presunto (se usar pepperoni, coloque em cima do queijo)
  5. Em seguida, cubra o presunto com bastante queijo e jogue por cima, um pouco de orégano e azeite.
  6. Então, leve a assadeira ao forno e assim que o queijo estiver derretido, retire a assadeira.
  7. Por fim, corte em aperitivos e sirva as pessoas que estão em quarentena com você, na sua casa!

Suflê de abobrinha

Fonte: IG
Ingredientes:
  • 3 ovos
  • 2 copos de leite
  • 2 colheres de sopa de farinha de trigo
  • 1 colher de manteiga
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • 1 colher de queijo ralado
  • 1 cebola
  • Sal
  • Pimenta
  • Noz moscada
  • 2 abobrinhas

Aviso tailgate zone: use o que você tem em casa, não saia de casa para fazer as receitas que passamos. Se você pode ficar em casa, fique! Quarentena meus jovens, isolamento social. Faça um suflê do que você tiver aí.

Modo de preparo:
  1. Comece ralando a abobrinha e em seguida refogue ela no azeite.
  2. Em seguida, separe as abobrinhas em dois potes com quantidade iguais.
  3. Logo após, pique a cebola e coloque para refogar, sempre em fogo baixo.
  4. Então, assim que a cebola estiver “transparente” acrescente a farinha de trigo na panela.
  5. Logo após, vá colocando o leite aos poucos e não pare de mexer. Sempre em fogo baixo, até que a mistura vire um creme. Assim que estiver pronto, reserve esse creme.
  6. Agora, bata as claras em neve e em seguida, misture com o creme.
  7. Então, tire o liquidificador do armário e coloque o queijo, as gemas do ovo, metade da abobrinha refogada, noz moscada, pimenta e sal, e em seguida bata.
  8. Logo após, coloque a mistura numa panela e mexa bem a mistura, até começar a engrossar.
  9. Assim que engrossar, mistura esse creme com o outro creme que esteva reservado.
  10. Acrescente a outra metade da abobrinha ralada.
  11. Então, coloque essa mistura dentro de uma forma untada e leve ao forno por mais ou menos 20 minutos, numa temperatura de 180º C.
  12. Quando perceber que o suflê está firme e dourado, tire do forno.
  13. Agora é só servir as pessoas que estão em quarentena com você, na sua casa!

Bateu a fome!

“Saudade de uma pizzaria, né minha filha?”, “Saudades de um churrasco, né minha filha”. Sim, sim, sim, eu entendo. O meme do Drauzio Varella nunca foi tão bem utilizado. Lendo, ou fazendo, essas receitas bate mais saudades ainda de fazer as comidas para uma galera e preparar aquele churrascão!

Ê quarentena triste, mas necessária. Infelizmente ainda não podemos fazer nada disso e também nem sabemos quanto poderemos, mas como eu disse mais pra cima; nós vamos superar, exatamente como Frank Reich até hoje faz. Não nos daremos por vencido e em breve estaremos nas ruas novamente… e com segurança.

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