Passou a World Series, acabou a temporada do baseball. Agora, só veremos a beisebola lá na primavera (dos Estados Unidos), quando as flores começam a desabrochar. Olha lá, dá pra traçar um paralelo com a primavera e o spring training da mlb, afinal, sempre aparece uma molecada desabrochando.

Bom, chega de papo de baseball, vamos para o que interessa, a nossa coluna de hoje. A NFL tá pegando fogo, a semana 9 começa hoje com um belíssimo jogo entre os mineiros de São Francisco e os Angry Birds do Arizona. Tá rolando um promocional bonito, falando da nova leva de quarterbacks da liga, mas nós já sabemos o resultado: jogo ruim da rodada.

Não é surpresa pra ninguém, os jogos de quinta-feira, dificilmente são legais. Entretanto, não é nada que faça eu não assistir, afinal, naquele longo e tenebroso inverno da ausência de futebol americano, eu assistiria até um Dolphins e Bengals! Enfim, chega de papo furado.

Baby come back

A NBA voltou meus democratas! Voltou e já temos assuntos para tratar. O que será do “Goldi Isteiti Uóriors”? E esse Clippers enfiando a porrada no Lakers e depois perdendo pro Suns? Kyrie Irving é monstro ou não é? Levará esse Nets aos playoffs sozinho? Boston Celtics tá dando liga ein? E esse Atlanta Hawks bicho? “Cê” é louco! 

Doncic continua jogando de terno e pode passar o seu prêmio de calouro do ano, para um cara não draftado. Que? Jesus, Maria, José, o camelo e os três reis magos! Acreditem se quiser, mas é isso mesmo. Kendrick Nunn, não foi draftado, assinou com o Heat e tá destruindo tudo!

Pois é, mas essa história ainda precisa evoluir, então vamos deixar mais pra frente. Agora vamos direto para os nossos protagonistas da semana.

Bucks vs Raptors

Na temporada passada, Bucks e Raptors se encontraram mais que o normal. Até porque foram eles que fizeram a final de conferência do leste. Durante a temporada regular, vantagem forte para o Bucks, que ganhou três dos quatro confrontos.

Só que como é de costume dizer, na pós temporada é que separamos os meninos, dos homens. Os Bucks começaram avassaladores, duas vitórias em casa, pra lá de convincentes. Vitórias por 108 a 100 e 125 a 103, porém sempre mostrando aquela dependência do melhor jogo da aberração grega, Giannis Antetokounmpo.

Aliás, vamos ser justos. No jogo 1, Brook Lopez foi o cara, matando quatro bolas de três pontos e um aproveitamento de 57% nos arremessos de quadra. Isso sem contar seus sete rebotes defensivos. O rapaz foi bem e ajudou bastante, mas ficamos por aí mesmo.

O Raptors, assim como Kawhi Leonard foi silencioso, atencioso e se recuperou rápido. O time canadense aprendeu rápido a fórmula para anular Giannis Antetokounmpo e assim, desacelerar todo o time dos Bucks. Duas vitórias em casa e depois duas vitórias na casa do rival do norte.

We the north! Um canadense, na liga americana, querendo roubar o norte, daquele americano do norte. Uma brincadeira, é claro. A frase já acompanha o time, desde a temporada 2015-2016 e simplesmente foi para promover o time. Até soar como uma leve cutucada aos Bucks, e talvez até tenha sido, em seu subconsciente, mas o propósito não era esse.

Enfim, nesse sábado os times voltam a se encontrar. Um pouco diferentes? Sim, o Raptors já não conta com o seu “salvador” Kawhi Leonard. Enquanto isso, o Bucks conseguiu manter seus jogadores mais importantes e ainda trouxe algumas peças engraçadinhas. Então bóra pra cozinha, preparar os rangos pra ver quem realmente é o dono do norte.

Fried cheese curds

Toda a região de Wisconsin, é muito conhecida pelos seus queijos, inclusive falamos disso aqui. Outra iguaria que também torna a região muito conhecida, é a cerveja. No entanto, essa coluna é pra comer, a de beber, sairá em breve.

Então vamos de receita muito tradicional, que vão essas duas iguarias locais, quejo e cerveja. O cheese curds, de uma forma simples, é como um queijo coalho. Os milwaukeeanos que não são bobos nem nada, sabem que queijo é bom, cerveja é excelente e se fritar tudo, SE-NHOR!.

Ingredientes:

• Óleo para fritura
• 1/4 copo de leite
• 1 copo de farinha de trigo
• 3/4 copo de cerveja
• 1/2 colher de chá de sal
• 2 ovos
• 1 kg de queijo coalho (corte em cubinhos)

Modo de preparo:

1. Aqueça o olho numa panela para fritura, até chegar a temperatura de 190º C.
2. Misture o leite, a farinha, a cerveja, o sal e os ovos para formar uma massa lisa e fina.
3. Coloque o queijo coalho, na massa, não todos, um pouco por vez.
4. Mexa bem e vá cobrindo a superfície do queijo com a massa.
5. Agite bem os cubinhos, para remover o excesso de massa.
6. Coloque na panela com o óleo quente.
7. Deixe fritando por 1 ou 2 minutos, até dourar.
8. Retire da panela e coloque em papel toalha para remover o excesso de óleo.
9. Sirva a galera, enquanto ainda está quente.

Poutine

Se vocês não sabem, já fica aqui (tailgate zone é cultura). O Canadá não é um país rachado, mas ele tem dois lados, PT e Bolsonaro. Não, não, não, brincadeira. No Canadá, existe o lado que recebeu colonizadores franceses e o outro lado que recebeu colonizadores ingleses. 

Por esse motivo, as vezes chega a ser engraçado visitar o país, se você andar de um lado para o outro. Locais onde você verá forte presença de costumes franceses e de outro lado, forte presença de costumes ingleses. Então, nessas andanças, também pode deparar com uma jóia da culinária do “Canadá francês”: O poutine.

Toronto tá do lado inglês, mas esse prato, talvez seja um dos mais bizarros e mais típicos do Canadá. Diversas cidades do lado frânces, reivindicam sua invenção, mas de qualquer forma, o surgimento do prato é lá de 1950 e guaraná com rolha! Um poutine de verdade usa molho apimentado à base de carne e também o tal do cheese curds nas batatas fritas.

Esse prato é tão regional, que até o McDonald’s oferece o seu. Existem festivais anuais para “celebrar” o melhor poutine e até receitas que usam alguma proteína vegetal, ao invés da carne, para que os vegetarianos também apreciem a iguaria.

Ingredientes molho do poutine:

• 3 colheres de sopa de amido de milho
• 2 colheres de sopa de água
• 6 colheres de sopa de manteiga sem sal
• 1/4 xícara de farinha de trigo
• 600 ml de caldo de carne
• 300 ml de caldo de galinha
• Pimenta a gosto
• 1 kg de batatas russet
• Óleo de amendoim para fritura (pode usar outro também)
• 1 a 1 1/2 xícaras de queijo coalho (ou então, pedaços de queijo mussarela)

Modo de preparo:

1. Vamos começar pelo molho. Em uma tigela pequena, dissolva o amido de milho na água e reserve.
2. Em uma panela grande, derreta a manteiga. Adicione a farinha e cozinhe, mexendo regularmente, por cerca de 5 minutos, até que a mistura fique dourada.
3. Adicione nessa panela, o caldo de carne e o de frango. Deixe ferver enquanto vai mexendo na mistura.
4. Misture o amido de milho, que estava separado, cozinhe por mais 5 minutos ou até o molho engrossar.
5. Tempere com pimenta e sal.
6. Importante é manter essa mistura sempre quente, enquanto as batatas não estão prontas.
7. Corte as batatas em palitos grossos, um ou dois centímetros.
8. Depois de cortadas, coloque em uma travessa grande e cubra com água bem gelada.
9. Deixe as batatas descansando por pelo menos uma hora, aproveite para tomar uma cerveja.
10. Aqueça o óleo numa panela grande ou numa fritadeira a 150º C.
11. Seque as batatas.
12. Adicione as batatas ao óleo e frite por mais ou menos 7 minutos, apenas pra garantir que elas estão cozidas, não precisam dourar.
13. Retire as batatas do óleo e deixe escorrer o óleo.
14. Aumente a temperatura do óleo para 190º C.
15. Coloque as batatas no óleo novamente e deixe dourar. Depois retire da panela e deixe escorrer o óleo no papel toalha novamente.
16. Em uma tigela grande, coloque as batatas.
17. Tempere as batatas com sal, cuidado pra não exagerar.
18. Numa tijela menor, adicione uma concha do molho que fizemos no começo.
19. Coloque as batatas em cima desse molho, depois coloque mais molho, até cobrir todas as batatas.
20. Adicione a coalhada de queijo e misture com as batatas fritas e o molho.
21. Sirva com pimenta moída na hora.

Bateu a fome!

Bateu forte aqui e com certeza em mais alguém aí bateu também. É quase que impossível falar em batata frita e não bater uma fominha se quer. Se vocês repararam, as receitas meio que se cruzam. Elas tem o mesmo queijo e são boas demais.

Qual é a melhor? Aí você terá que provar e me responder. Qual time é melhor? Você também terá que descobrir, assistindo o jogo e tirando suas conclusões. A única coisa que posso afirmar, é que vale a pena reunir a galera pra ver esse jogão e comer essas belezinhas aqui. Até semana que vem… bebam água!