Fala galera, Jessie na área! Semana passada a minha “aumiga” Baleia contou um pouco da história dos mascotes do Cincinnati Reds. Tentou gastar um pouco do seu espanhol também, mas isso é outra coisa. Enfim, depois dela ter falado de Baseball, resolvi caminhar para o esporte que o “papai” dela tanto gosta, mas que o “tio” Rafic tanto odeia.

Comecei a pesquisar todos os mascotes que existem na NBA e encontrei vários interessantes. Mas o que eu mais gostei, foi o que a minha “aumiga” já tinha escrito na edição #9; o Benny the Bull. Então eu continuei as minhas pesquisas e achei um mascote que vale muito a pena ser mencionado. Inclusive, esse mascote entrou no Hall da Fama dos Mascotes agora, em 2020.

Boomer the Panther

Essa coisa azul aí em cima é o mascote oficial do Indiana Pacers. Se você olhar de perto, pode ver que esse bicho azul nada é uma pantera, mas sim aquele animal que nós, cachorros, não nos damos muito bem. Boomer claramente é um gato azul, não uma pantera, mas tudo bem, deixa isso pra lá, talvez seja só implicância minha.

Boomer é conhecido por todo o estado de Indiana e muito amado pelas crianças. Ele foi o primeiro mascote dos Pacers e segue no “cargo” até hoje. O que é mais engraçado, é que nesse período os Pacers também acabaram colocando outro mascote ao lado de Boomer; pasmem, esse outro mascote era um cão.

Bowser

Pois é amigos do tailgate zone, um cachorro, igual eu e a minha “aumiga” Baleia. Bem, não tão igual assim, pois ele era muito mais louco que nós duas juntas e garanto que nossos pais não deixariam pintarmos nossos cabelos daquele jeito. Enfim, contrariando todas as expectativas que temos com cães e gatos, os dois se davam muito bem.

Bowser começou sua dupla com Boomer antes de 2002, quando o ginásio dos Pacers ainda tinha o nome daquele outro grupo financeiro (Conseco Fieldhouse). Pois é, o mais engraçado dessa história, é que justamente a última temporada de Bowser é justamente a última temporada do ginásio como Conseco.

Nome: Bowser
Aniversário: Outono de 2001
Lugar de nascimento: Conseco Fieldhouse
Altura: 1,88m
Peso: Varia muito, depende de quantos biscoitos comeu
Tamanho da coleira: Bem grande, pra ficar solta.
Gosta: time dos Pacers e entreter os fãs
Não gosta: Cercas invisíveis e pulgas
Comida: O que tiver na tigela
Hobby: Perseguir carros
Melhor amigo: Boomer
Música preferida: “Who Let The Dogs Out”
Música que não gosta muito: “How Much Is That Doggie In The Window”, tem medo de ser vendido
Filme favorito: Um dia de cão
Filme que não gosta muito: “O meu melhor companheiro”, ele morre no final 🙁
Atriz favorita: Lassie
Salário: 365 ossos
Realizações: visitou o Westminster Dog Show e não foi expulso tão cedo

Apesar de minhas pesquisas não encontrarem nenhuma relação de um com o outro, achei o fato curioso. Aliás, não achei nenhuma menção do motivo por ele não ser mais mascote; até usei o inglês do “tio” Henriquetta pra falar com uns gringos, mas nem eles sabiam. Mas tudo bem, eu entendo até; foram 8 anos como um mascote dos Pacers, na idade canina isso são 56 anos, já era hora de se aposentar. 

Currículo

Bom, depois de falar rapidamente do Bowser, vamos voltar ao assunto principal dessa coluna; o primeiro e atual mascote dos Pacers. Boomer é um tanto quanto alto para um gato, até mesmo para uma pantera, mas já é muito bom para um jogador de basquete; 1,82 m. Ele está sempre muito animado e suas aparições são sempre inusitadas.

Seja em jogos dos Pacers, ou qualquer outro evento que participe, sempre está muito animado e (quase sempre) vestindo a tradicional camisa amarela dos Pacers, com o número #00; aliás, combina bem demais com a sua pele. Seu objetivo é esse mesmo, levar a frente toda a tradição do time de Indiana. Por assim falar, ele é um mascote bem ocupadinho, tão quanto o outro lá de Chicago.

São mais ou menos 300 aparições em eventos anualmente, além de todo o treino que ele faz junto com a equipe de enterradas; o Pacers Power Pack. Normalmente Boomer faz três aparições em eventos num dia e depois vai direto para o centro de treinamento. Realmente, aquelas enterradas não são nada fáceis.

Quanto aos eventos que participa, no geral eles são de caridade. Desde programas como o “Read to Achieve” da NBA, até hospitais infantis e apoio aos soldados que estão em bases fora dos Estados Unidos. Mas é bom reforçar que a paixão de verdade de Boomer são as crianças. Vendo algumas fotos eu fiquei impressionada como eles se dão bem! Até eu fiquei com vontade de receber um carinho daquele gato azul.

Amor à camisa

Galera, eu sou serelepe viu, mas estou bem cansada de imaginar essa rotina do Boomer. Precisa de muita determinação e amor ao time para isso. Tem que amar muito a camisa. Inclusive, esse amor é tão grande, que até problemas fora de quadra ele já arrumou. Pois é, Boomer já foi processado por um homem chamado Nathaniel Jackson.

Morador do condado de Adams, no norte de Indiana, o rapaz alegava que recebeu um tackle maldoso do mascote dos Pacers, em 11 de março de 2005. Era um jogo contra o Golden State Warriors e ele tinha sido convidado para participar de uma disputa de lances livres durante um pedido de tempo de uma das equipes.

Na época, Jackson, tinha cerca de 20 anos e se recusou a participar. O rapaz disse que estava se recuperando de uma cirurgia nas costas, mas houve uma certa insistência e no que consta nos autos do processo, foi garantido a ele, que “não haveria motivo para preocupação ou ferimento”. 

Bem, depois de participar do concurso de lances livres, conforme ainda conta o processo, enquanto saía de quadra, Boomer atacou o rapaz pelas costas. Pois é, no que se sabe, Boomer não sabia da cirurgia, mas de qualquer forma, uma atitude imprudente do mascote, mesmo que fosse apenas para comemorar com o torcedor.

O homem por trás

Não se tem mais informações de como ficou esse processo, no entanto, a organização Pacers, o Conseco Fieldhouse e o artista não identificado que interpreta Boomer, tinham sido acusados de negligência e Jackson buscava compensação por suas contas médicas, perda de renda, dor, sofrimento e “ferimentos permanentes”, que não são detalhados na denúncia.

O caso todo é uma mancha na carreira de Boomer, mas outro ponto que se destaca nesse processo, é como ele é mencionado; “artista não identificado que interpreta Boomer”. Pois é, até hoje as pessoas não sabem quem fica por trás daquela fantasia toda. A identidade do mascote é desconhecida até para a maioria dos funcionários dos Pacers.

Segundo a franquia, Isso ajuda o público a identificar Boomer como sendo o Boomer, e não como um cara de máscara. Embora o anonimato seja muito intrigante para a pessoa que está fazendo o mascote, parece ter sido muito bom para o mascote. Será que deu pra entender? Boomer já recebeu vários prêmios e é presença carimbada no final de semana das estrelas. 

Au! Woof!