Sobre cães e mascotes #8: Philadelphia Flyers

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Olá aumigos, como vocês estão? Encontrei na minha augenda super atarefada de quarentena um espaço entre a minha soneca da tarde e a brincadeira das 5 para contar sobre mais um mascote para vocês. No caso, o Gritty, do Philadelphia Flyers.

Semana passada a Baleia falou sobre o ursinho Misha, que emocionou muita gente. Nessa semana, a gente vai falar de um, bem… eu não sei nem dizer o que ele é direito. Nem o que ele faz muito bem. Na verdade tenho até um certo medo. Mas ele é um dos mascotes mais malucos que eu já vi.

AP Images/Ringer illustration

O início de tudo

A cidade da Filadélfia já tem no seu registro um mascote meio maluco, o Phillie Phanatic. Esse eu também não sei que aunimal é, mas ele já tem história e é muito conhecido pela comunidade dos esportes.

Os diretores do Philadelphia Flyers viram que estavam perdendo uma baita oportunidade de marketing quando não tinham um mascote no All Star Game da NHL em 2016, nem na festa do título do Philadephia Eagles em 2018. E ali decidiram criar um mascote para a equipe.

E aí vieram com a ideia do Gritty. O time já teve um mascote lá pela década de 70, mas ninguém se lembrava dele, e só tinham fotos dele em preto em branco. Eles queriam um novo, e que desse uma espécie de sentimentos misturados no torcedor. Um que fosse carismático o bastante para gostarem dele, mas amedrontador o suficiente para não parecer bobo.

Eu tenho medo dele

Bloody Disgusting/site

Com certeza uma das coisas que mais chama atenção no Gritty é a feição dele. Veja bem, não que ele seja horrendo, mas assim, eu tenho um certo medo dele.

Os olhos que saltam da órbita, a cara de mal, o jeito de maluco. E quando foi anunciado, as primeiras reações das pessoas foram chamar ele de horrendo, pedir para guardarem ele de volta pois não iam conseguir dormir à noite, ou mandar demitir a equipe de marketing.

A crítica foi muito grande, a ponto de falarem até que ele parecia um mascote que usou ácido. Até que o perfil do twitter do Pittsburgh Penguins foi fazer uma graça pra cima dele, e ele respondeu com:

Você deveria dormir com um olho aberto esta noite, passarinho.

E foi ali que ele decidiu adotar esse lado meio psicopata, e a cidade “comprou o barulho” dele. Sabe quando alguém xinga seu irmão, e você fica bravo porque ele é seu irmão e só você pode xingá-lo? Pois foi assim. Filadélfia disse “ei, ele é maluco mas é o nosso maluco”.

Um sucesso

A irreverência de Gritty foi o que ganhou os torcedores não só dos Flyers, mas de todas as outras equipes depois. Sempre antenado com as redes sociais e os memes que apareciam, ele começou a fazer sucesso. Começou mesmo quando ele imitou a Kim Kadarshian na icônica foto da taça de champanhe.

SBnation/site

Ele já ganhou prêmio de melhor mascote, e hoje ostenta mais de 300 mil seguidores no Twitter. É bem mais do que temos, mas um dia a gente chega lá. Ah, ele já até apareceu no show do Jimmy Kimmel. E não ficou parado nem mesmo na quarentena, fazendo até cosplay de Tiger King no Twitter.

Bad boy

Como maluco que é, ele tinha que se meter em confusão, né. Dentre as suas irreverências, ele já atirou uma camisa em um membro da equipe com aquele lançador de camisas, caiu no rinque na sua estreia, e também saiu dando check em umas pessoas que participavam de uma competição.

Só que ficou feio pro lado dele quando, em novembro de 2019, um pai disse que o Gritty deu um soco nas costas do seu filho de 13 anos. O torcedor até deu queixa na polícia de Filadélfia, só que depois de uma investigação em que não foi confirmado o caso, o mascote ficou livre das acusações.

Mesmo assim, Gritty continua encantando e assombrando torcedores de todas as equipes, mas fazendo muito sucesso, sendo considerado uma honra para o espírito e paixão da cidade de Filadélfia.

Gritty, continue sendo você mesmo pois é assim que gostamos, mas vê se entra em menos confusões. Uma lambida e um aubraço.

Au! Woof!

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