“Ô bixinho / eu te conheço de outra vida“…olá, queridos aumigos. Como cês estão? Tô aqui para contar a história de um mascote que teve muitas versões ao longo a vida: o oriole bird. Ele é o mascote do Baltimore Orioles. Meu “tio” Fernandão acha os O’s um time bem charmoso. Quando o “tio” Clê esteve por Baltimore ele até fez umas “encomendinhas”.
Já adianto que o oriole bird é simpático, carismático e é até Embaixador da Boa-vontade. Importante, hein! Então vamos conhecer esse coleguinha.
Oriole bird: o pássaro
Antes de falarmos do mascote, vamos contar um pouco sobre o oriole bird como passarinho. Mas eu juro que vou ser breve. Ornitologia não é o meu forte.
O oriole bird é mais conhecido por nós desse Brazil como corrupião-laranja ou corrupião-de-baltimore. Pequenino, endêmico da América do Norte, durante o verão pode ser visto nos EUA, México e Canadá. Mas no inverno ele se concentra no norte do México e sul dos EUA.
Aqui no Brasil temos um primo desse corrupião das bandas do norte. O nosso é conhecido como “sofreu” ou “concriz”. É encontrado em todos os estados das regiões Nordeste, Centro-oeste e Sudeste. Mas “deixemos de coisa, cuidemos da vida“. Vamos ao mascote.
Oriole bird: o mascote
É muito comum ver o oriole bird passeando sobre a cobertura do dugout no Oriole Park at Camden Yards. Ali ele faz o que mais gosta: agitar a galera. Ainda que o time não esteja dando muitos motivos para a torcida se agitar. Mas isso não desanima nosso oriole bird.
Como bom pássaro que é ele curte comer algumas sementes (sempre consegue com os jogadores). Além das sementes ele também encara uma torta de caranguejo de vez em quando. Será que ele come caranguejos-violinistas?
Entretanto, no começo o oriole bird não era um mascote propriamente. Mas um adorno nos uniformes e capacetes do Baltimore Orioles.
A história
A história começou com o oriole bird adornando o capacete do time. Foi assim por 9 temporadas, de 1954 a 1962. Mas já em 1955 ele também estava nas mangas do uniforme como um patch. Caras como Gus Triandos, Chuck Estrada, Brooks Robinson e Boog Powell ostentaram esse adorno.
No entanto, em 1963 nosso corrupião-de-baltimore foi substituído por um “B” laranja. Essa foi a única temporada a não ter o pássaro no capacete. Todavia, já em 1964 ele retornou, mas em um formato mais tradicional. Era a figura do corrupião-laranja na posição de canto. Esse desenho ficou nos uniformes e capacete até 1965.
Porém, foi em 1966 que pela primeira vez tivemos o nosso mascote aparecendo no formato “cartoon” que conhecemos hoje. E foi assim até 1989. Durante 22 temporadas nosso caro mascote apareceu no uniforme e capacete como o pássaro ornitologicamente correto. Nesse período, sempre como pássaro, ele teve uma forma realista.
Mas foi em 2012 que o rosto do corrupião em “cartoon” voltou e está assim até os nossos dias. Essa repaginada foi feita para as comemorações do aniversário de 20 temporadas dos O’s atuando no Oriole Park at Camden Yards.
O nascimento
Bem, até aqui falamos do nosso “aumiguinho” mais como “logo” do que como mascote propriamente. Mas o nascimento do pássaro em forma humanoide não poderia ter sido mais espetacular.
Foi em 6 de abril de 1979 que o oriole bird eclodiu de um ovo gigantesco localizado no meio do Memorial Stadium (casa dos O’s até 1991). Desde então ele tem uma casinha para abrigá-lo do frio e intempéries: the brid room.
Dia a dia
O dia do oriole bird é bem agitado. Ele acorda às 4 da manhã para treinar e faz exibições até o final da tarde, quando é hora de se preparar para o jogo. Em um ano o nosso mascote faz, em média, 500 aparições. Cansa, mas isso mostra a imensa dedicação e amor pela equipe.
O mascote também vive experiências difíceis. Alguns fãs costumam ser agressivos e causar problemas. Assuntei e fiquei sabendo que os torcedores de Yankees e Red Sox são os piores.
Outro ponto interessante é a rivalidade entre os mascotes. Ace, o mascote do Toronto Blue Jays é o principal inimigo, já que as equipes são rivais na AL East.
A gente viu que nosso oriole bird tem história, é astuto e simpático e passa seus perrengues. Mas nada que o amor dos torcedores dos O’s não recompense.
Au! Woof!