Sobre cães e mascotes #9: Chicago Bulls

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Nessa semana eu fiz o meu auniversário de três anos, praticamente já sou uma adulta. Fazendo aquela conta básica, de papel de pão (1 pra 7), pela legislação brasileira, já posso até tirar carteira de motorista. Mas confesso que na verdade, dá medo essa idade adulta, vai que o “papai” resolve me mandar trabalhar, perderei os meus cobertores quentinhos logo cedo?

Ok, muito papo furado e daqui a pouco o “tio” Rafic vai falar que eu sou muito prolixa. Mas eu tinha que falar do meu auniversário, quero ver se alguém me manda uns parabéns e ainda me dá uns presentes. Bom, o mascote que escolhi tem um motivo especial, ele vem de uma das recordações mais antiga que tenho. 

Outubro de 2017, os “papais” foram pra uma road trip nos Estados Unidos e me deixaram na “vovó”. Na volta, eles contaram umas histórias de um tal de Benny the Bull. Gente, eu tinha apenas alguns meses de vida, uma criança que só conhecia coisas de criança. No meu mundo, meus “pais” tinha ido viajar pra ver o boizinho da Dora Aventureira?

Não é esse Bull não.
Fonte: Nick Jr

Benny the Bull

No primeiro momento aquilo me chocou; como eles não me levaram para curtir isso também? Fiquei chateada, mas foi pouco tempo, depois eu descobri quem era o tal do Benny. Bom, confesso que ainda tive mais uma confusão antes de descobrir quem de fato era, afinal, por qual motivo os americanos usam tanto esse nome?

Enfim, Benjamin T. Bull, ou então Benny the Bull é o mascote do Chicago Bulls e o mais maluco de toda a NBA. Lá atrás, precisando aumentar público e agradar torcedores, já que o time não era grande coisa, o general manager Pat Williams, resolveu criar um mascote capaz de atrair o público. Benny foi só uma das várias tentativas de marketing do clube na época.

O seu nome inclusive, veio em homenagem a Ben Bentley, o primeiro gerente de relações públicas e locutor de estádios do Bulls. Desde então, esse touro maluco já é mascote dos Bulls há 45 anos; ele foi atração para a torcida tanto no Chicago Stadium, quanto no United Center e viveu toda a época de Michael Jordan e dos grandes times dos Bulls.

Além de tudo isso, podemos dizer que o Benny viu o surgimento dos mascotes na NBA e podemos dizer que ele é um dos mais antigos de todos os esportes americanos. Benny foi criado em 1969 e nunca largou o time. É muito tempo minha gente, desde que o homem pisou na lua, Benny é mascote dos Bulls!

O mascote do Chicago Bulls é o mais antigo da liga e até de todos os esporte americanos.
Fonte: Chicago Tribune

Histórico

Esse touro maluco aí de cima, já passou por algumas mudanças no visual, mas nunca saiu do time. Aliás, essa “versão” que temos dele hoje, se mantém desde 2004, antes disso ele até que era feinho. Pra falar a verdade, ele até era um pouco macabro quando surgiu. No entanto, ao contrário de alguns humanos, ele melhorou com a idade.

Inclusive, mais do que melhorar a sua aparência, ele também resolveu dar um exemplo. Então, pra isso, Benny parou de comer tranqueiras durante os jogos e passou a se alimentar melhor. A ideia dele era mostrar para as crianças que elas precisam levar uma vida saudável, e que só por essa boa alimentação nova, que ele é capaz de fazer maluquices durante os jogos.

Com pêlos totalmente vermelhos, um focinho branco e olhos carismáticos, é até difícil imaginar que ele é capaz de tantas maluquices durante um jogo. Benny já parou uma briga com um torcedor pedindo um abraço, já derrubou pipoca em vários torcedores e até já levou uma torcedora embora, depois do namorado se recusar a dar um beijo durante a Kiss Cam.

Família

Olha, depois de ver tantos vídeos de Benny e ouvir as histórias do “papai” e da “mamãe” de como ele é ao vivo, só posso dizer uma coisa; Pat Williams teve muito sucesso com esse mascote, pois ele realmente é um entretenimento a parte nos jogos. Tanto é, que a família de Benny só cresce, conforme é contato no site iwantbenny.com.

Até pelo motivo de não termos só pai e filho nessa árvore Beeny. Big Ben, ou “Biggie”, é o irmão mais velho de Benny. Ele geralmente aparece nos jogos em casa e alguns eventos externo, “direto de seu dirigível”. Além dele, também tem o Benji, que é uma história de família bem louca. Ninguém sabe ao certo de quem ele é filho, mas ele está em muitos jogos.

Eu tinha dito um pouco antes, que a “versão” atual do Benny é de 2004, mas na verdade não é versão, ele é bisneto do primeiro. Ao longo dos anos foram muitos estilos diferentes e sempre refletindo no cotidiano e na cultura da época. Em 1969, o primeiro Benny, o “bisavô”, desfrutou de muitas liberdades que os mascotes da NBA não têm hoje. 

Pelo mundo

Por fim, esse Benny que temos hoje, já veio passear no Brasil e deu uma andada pela ESPN. Ele jogou pipoca em todo mundo, dançou e até arrumou briga com o Rômulo Mendonça, vocês podem conferir aqui. Essa foi só uma visita, desse mascote que se apresenta pelo mundo todo, são mais ou menos 150 eventos por ano.

E aí meus aumigos tailgaters, gostaram do Benny? Eu gostei, aliás, teria gostado mais, se um “bandindinho” não tivesse roubado o meu Benny de morder. Aquele que os “papais” tinham pego pra mim lá na viagem de 2017, em que me largaram com a vovó. Mas isso é outra história e não pertence a mim.

Au! Woof!

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